Playing with myself
PLAYING WITH MYSELF
“Só vivendo absurdamente se poderá chegar a romper alguma vez este absurdo infinito.”
Entendo o humor como o derradeiro bastião de resistência possível, e a sátira como uma forma de sobreviver a um mundo cada vez mais absurdo, hostil e ininteligível.
Esta série, iniciada em 2010, consiste num conjunto de encenações aparentemente simples recorrendo a uma multiplicidade de personagens: desde clássicos do Cinema (“Os livros” a citar “Os pássaros” de Hitchcock, a “Supermom” a aplicar os seus super-poderes às exigências do quotidiano, o “007” de arma e dry martini em punho) até ilustres figuras históricas nacionais (“São rosas, Senhor!”), revisitando ícones da cultura tradicional portuguesa (a varina, o galo de Barcelos) e passando por muitos outros paradigmas ou elementos do imaginário colectivo – a fénix, a sereia, a dona de casa perfeita – nos quais me revejo ou reinvento.
Contrariando essa aparente simplicidade nas encenações existe uma deliberada artificialidade nas poses e na iluminação, que nos recorda que nada há de natural nestes seres-sombra, nestas criaturas-reflexos.
Com o absurdo retratado nestes personagens pretende-se criar uma tensão, causar um certo mal-estar, produzir aquele riso nervoso que arrasta o observador e o retira da sua zona de conforto.
Mergulhemos pois no território sinuoso da introspecção, dos sonhos, da escuridão – o perigoso mundo do interior de nós mesmos.




















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I do!, 2015
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The iced tea ceremony, 2015
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The books, 2013
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São rosas, Senhor!, 2014
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Maternidade, 2015
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Sardinha viva!, 2014
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A última sereia, 2014
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Iron men, 2010
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O gato de Barcelos, 2010
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Warm my heart, 2012
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Fly me to the moon, 2014
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Das ruínas de mim, 2014
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The perfect housewife, 2014
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A herdeira, 2013
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Let's skype tea, 2011
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Oh no!, I'm becoming the man I wanted to marry!, 2014
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New religions, 2015
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Supermom, 2014
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A last one for the road, 2015
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The clock is ticking, 2017